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Leucemia: a importância de estar sempre alerta e da doação de medula óssea

3 de fevereiro de 2024

Fevereiro é o mês de conscientização e combate à leucemia, representado pela cor laranja em campanhas de sensibilização em todo o Brasil. Os canceres das células sanguíneas da medula óssea, em sua maioria os glóbulos brancos e, geralmente, de origem desconhecida, impactam cerca de 10.000 brasileiros anualmente, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).

O Hospital Amaral Carvalho (HAC), referência no tratamento do câncer e do transplante de medula óssea, realizou no passado 14.519 atendimentos relacionados à leucemia, um aumento de 416 atendimentos (3%) em relação a 2023. Por isso, tem reforçado a importância do diagnóstico precoce e do cadastro de doadores voluntários para a doação de medula óssea.  

Sintomas e tratamento  

A leucemia pode ser classificada como aguda ou crônica. As formas agudas evoluem rapidamente, comprometendo a produção de células sanguíneas e a defesa do organismo. Já as crônicas podem não apresentar sintomas iniciais e ser identificadas apenas em exames de rotina.  

O hematologista do HAC, Iago Colturato, destaca a necessidade da atenção aos primeiros sinais da doença. “Os sintomas podem ser confundidos com outras condições, como febre, fraqueza e sangramentos. O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de sucesso no tratamento”, alerta.  

O tratamento depende do tipo da leucemia e do estado clínico do paciente, podendo incluir quimioterapia, terapias-alvo e anticorpos monoclonais. Em alguns casos, o transplante de medula óssea é a única alternativa para o combate da doença.  

Histórias de superação

Com mais de 55 anos de atuação em oncologia e desde 1996 realizando transplantes de medula óssea, o Hospital Amaral Carvalho já beneficiou milhares de pacientes. Entre as histórias de superação, destaca-se a de Stephanie de Faria, que recebeu o diagnóstico de leucemia em 2022 e foi submetida ao transplante de medula óssea. Dois anos depois, no dia do seu casamento, viveu um momento emocionante ao conhecer sua doadora, Miréia, a quem agradeceu pela nova chance de vida. Assista ao vídeo aqui https://fb.watch/xwMGG1C1bu/

Outro exemplo inspirador é o de Ronaldo César Camassola, morador de Bariri (SP). Ele conhecia o hospital antes mesmo do diagnóstico, pois era doador de sangue e acompanhava o tratamento do pai. Aos 24 anos, descobriu a leucemia e, em 2005, realizou um transplante com sua irmã como doadora 100% compatível. Anos depois, enfrentou outra incerteza: a possibilidade de não poder ser pai. “Após cinco anos do transplante, eu e minha esposa realizamos nosso sonho. Hoje temos um menino abençoado, o Rafael”, comemora. Em 2025, Ronaldo completa 25 anos do transplante, celebrando a vida e reforçando a importância da doação.  

Como se tornar um doador de medula óssea

A doação de medula óssea é um gesto simples que pode salvar vidas. Para se cadastrar como doador voluntário, é necessário ter entre 18 e 35 anos e estar em bom estado de saúde. O registro pode ser feito em qualquer hemocentro do país, incluindo o Hemonúcleo Regional de Jaú. Durante o cadastro, é coletada uma amostra de sangue para análise de compatibilidade genética. O doador permanece no banco de dados até os 60 anos e poderá ser chamado para a doação, caso seja compatível com um paciente.  Para mais informações, entre em contato com o Hemonúcleo Regional de Jaú, pelo telefone 14 3602 1355, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 15h, e aos sábados, das 7h30 às 12h, exceto feriados.

A doadora de medula de Stephanie viajou 1.100 km para fazer uma surpresa no casamento dela

Ronaldo Camassola
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