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Hospital Amaral Carvalho recebe visita de qualidade de equipe para estudo global inovador de câncer de cabeça e pescoço

8 de maio de 2024

O Hospital Amaral Carvalho (HAC) recebeu representantes do estudo Nanoray-312, que avalia uma nova linha de tratamento em câncer de cabeça e pescoço. A visita de qualidade foi marcada após a Instituição ser a primeira do Brasil a incluir um paciente na pesquisa no grupo de tratamento inovador.

Além de avaliar prontuários e procedimentos médicos, a equipe debateu as principais dificuldades encontradas pelos profissionais do Centro de Pesquisas Clínicas do HAC para o recrutamento dos pacientes e visitou alguns setores do hospital.

“Essa visita é importante para entender o caminho do paciente, as especificidades de cada centro de pesquisas, para um melhor entendimento de cada local e também da evolução dos protocolos”, explica Floris Andriessen, líder de operações clínicas da Nanobiotix, empresa francesa de bioteconologia patrocinadora do estudo.

Além do Centro de Pesquisas Clínicas, o estudo engloba os setores de Cabeça e Pescoço e Radioterapia. Por isso, também participaram da reunião o médico radioterapeuta do HAC, Batista de Oliveira Junior, o médico cirurgião de cabeça e pescoço, Éder Faulin, e a médica oncologista clínica Patrícia Beato, além dos representantes da Johnson & Johnson, Lara Craddock, Alyssa Johnston e o radiologista Kiran Devisetty.

De acordo com a oncologista clínica Patrícia Beato, uma das grandes dificuldades nesse momento é encontrar pacientes com as especificações que se enquadrem na pesquisa. "Desde o início do estudo, em janeiro desse ano, avaliamos cinco possíveis participantes e já conseguimos incluir dois. Isso é importante porque proporciona acesso a drogas inovadoras aos nossos pacientes, que ainda não estão disponíveis no Sistema Único de Saúde.”

A médica explica que são elegíveis pessoas com câncer de cabeça e pescoço, acima de 65 anos, não candidatos à cirurgia e à quimioterapia com Cisplatina. “O estudo oferece radioterapia com ou sem Cetuximabe e podem receber injeção intratumoral da molécula NBTXR3, que aumenta o poder de reação à radioterapia. O estudo prevê melhora do padrão de tratamento, assim como da taxa de resposta e sobrevida global e livre de progressão”.

O cirurgião de Cabeça e Pescoço Éder Faulin fez a primeira aplicação da injeção intratumoral do estudo no Brasil. “É uma excelente oportunidade de proporcionar algo inovador como esse estudo aos nossos pacientes, que, nesse caso, não estão aptos a outras formas de tratamento tradicionais. E realizar a primeira inclusão e, consequentemente, primeira aplicação aqui demonstra o potencial do Hospital Amaral Carvalho a níveis nacional e internacional”, comentou.

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